Idosos

A qualidade do sono declina com o passar dos anos e as alterações relacionadas à idade incluem a diminuição do tempo total e sua eficiência, o aumento do sono superficial, redução do sono profundo e do sono REM - fase em que mais sonhamos – e a dificuldade de voltar a dormir após os despertares noturnos. Isto significa que os idosos apresentam um sono fragmentado, ou seja, com mais interrupções e, por esta razão, costumam cochilar durante o dia, além de dormir e acordar mais cedo. Nesta faixa etária, o número ideal de horas de sono é entre 6 a 8 h. Entretanto, 50% dos idosos ou mais se queixam de problemas do sono, sendo os mais comuns a insônia, apneia do sono e síndrome das pernas inquietas. 

A Insônia Crônica – que é o sono de má qualidade, dificuldade de 

iniciar ou manter o sono, sono curto e não reparador, com comprometimento diurno, três ou mais vezes por semana, por pelo menos três meses - é mais prevalente nos indivíduos com idade superior a 60 anos. Para se ter uma ideia, enquanto na população geral a insônia acomete 30% das pessoas, nos idosos pode chegar a 60%. Acredita-se que isso se deva muito menos ao envelhecimento por si só e, sim, ao aumento de comorbidades, ou de doenças associadas, bem como à quantidade de medicamentos utilizados nessa faixa etária. Fatores psicossociais, como aposentadoria e invalidez, são outras causas frequentes, como viuvez, solidão, doenças clínicas e transtornos mentais. A má qualidade e quantidade do sono na terceira idade também têm sido associadas a déficits cognitivos e à demência.