Bem-vindo a nossa CONSULTORIA EM SONO!
Com informações simples e esclarecedoras, esperamos que nesta plataforma você possa aprender um pouco mais sobre a importância do sono para a qualidade de vida, entender a necessidade de descanso em cada faixa etária e, quem sabe, perceber que os distúrbios que você vem enfrentando merecem atenção e cuidados.
Essa consultoria tem a finalidade de lhe oferecer um serviço especializado e muita conveniência. Não são poucos os pacientes do interior que não dispõem de especialistas em sono e precisam se deslocar aos centros urbanos para solucionar problemas que, muitas vezes, com simples medidas comportamentais, são resolvidos. Mas não só eles se beneficiam. Idosos com dificuldades de locomoção, mães preocupadas com o sono dos filhos, executivos sem tempo: todos ganham em conveniência e segurança.
Fica aqui nosso convite para que você navegue em nossas páginas e esclareça suas dúvidas, tanto à distância, como presencialmente.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% dos brasileiros são afetados por algum dos mais de 100 distúrbios do sono catalogados na Classificação Internacional dos Distúrbios de Sono em sua terceira edição (2014).
Nos Laboratórios do Sono, e nos consultórios de especialistas em Medicina do Sono, os distúrbios mais comuns são os respiratórios, como Ronco e a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), Insônia e Síndrome das Pernas Inquietas.
Para maiores informações sobre os distúrbios do sono acesse www.sonolab.com.br
Abaixo você encontra nossas opções de consultoria e atendimento específicas para cada faixa etária. Constam, também, possibilidades de palestras em empresas e escolas.
As dúvidas sobre o sono, sua qualidade, doenças e tratamento são muitas, mas cada caso precisa ser analisado individualmente e discutido com o especialista em Medicina do Sono. No entanto, a adoção de algumas práticas – que costumamos chamar de higiene do sono – podem resolver grande parte dos problemas. Entre elas destacamos:
Dicas diurnas para dormir melhor
Dicas noturnas para dormir melhor
Que hábitos introduzir no cotidiano
Estabeleça Regras
O que fazer
O que devemos pensar
O que não fazer
No site do Sonolab – Laboratório do Sono, você encontra uma série de perguntas e respostas referentes aos transtornos de sono.
Acesse www.sonolab.com.br
Os benzodiazepínicos são amplamente utilizados para o tratamento de insônia, transtornos de ansiedade e outras condições psiquiátricas, especialmente em idosos. No entanto, seu uso prolongado tem sido associado a diversos efeitos adversos, incluindo comprometimento cognitivo, aumento do risco de quedas e dependência. Uma questão ainda debatida na literatura científica é se o uso crônico dessas medicações pode estar diretamente relacionado a um maior risco de desenvolvimento de demência. Estudos prévios mostraram associações inconsistentes, o que levou os autores deste estudo a investigarem, com dados de longo prazo, se o uso contínuo de benzodiazepínicos em idosos está associado a um maior risco de demência e declínio cognitivo.
Estudo de coorte populacional incluiu 18.642 idosos com 65 anos ou mais, sem diagnóstico prévio de demência no início do estudo. Os participantes foram recrutados a partir de bancos de dados de saúde pública e acompanhados por um período médio de 12 anos. Durante o acompanhamento, o uso de benzodiazepínicos foi registrado por meio de prescrições médicas validadas, e os pacientes foram categorizados em três grupos: não usuários, usuários ocasionais (uso inferior a três meses) e usuários crônicos (uso superior a 12 meses).
O desfecho primário foi o diagnóstico de demência, confirmado por critérios clínicos padronizados e exames neuropsicológicos. Como desfechos secundários, foram avaliadas taxas de declínio cognitivo, alterações estruturais cerebrais por ressonância magnética e mortalidade por causas neurológicas. Modelos estatísticos estimaram o risco de demência, ajustando para variáveis como idade, sexo, nível educacional, comorbidades e histórico psiquiátrico.
A análise mostrou que o uso crônico de benzodiazepínicos associou-se a um risco significativamente maior de demência. Indivíduos que fizeram uso contínuo dessas medicações por mais de 12 meses apresentaram um aumento de 58% no risco de desenvolver demência em comparação com os não usuários (HR 1,58; IC 95%: 1,42-1,75; p < 0,001). Além disso, a análise estratificada revelou que o risco era mais elevado entre idosos com histórico de depressão ou transtorno de ansiedade, sugerindo uma possível interação entre vulnerabilidade psiquiátrica e neurodegeneração. Exames de neuroimagem mostraram redução significativa no volume hipocampal em usuários crônicos de benzodiazepínicos, indicando um possível mecanismo subjacente para o declínio cognitivo observado.
Os autores concluíram que o uso prolongado de benzodiazepínicos em idosos está associado a aumento substancial do risco de demência, reforçando a necessidade de prudência na prescrição dessas medicações para essa faixa etária. Esses achados sugerem que, sempre que possível, devem ser priorizadas abordagens não farmacológicas para insônia e ansiedade em idosos, minimizando a exposição prolongada a benzodiazepínicos e reduzindo potenciais danos à cognição.
Referência: Gonzalez H et al. Long-term benzodiazepine use and risk of dementia in older adults: a 12-year population-based cohort study. Alzheimer’s & Dementia. 2025; DOI: 10.1016/j.jalz.2024.10.012.
O suicídio é uma das principais causas de mortalidade entre adolescentes em países de baixa e média renda, com aproximadamente 67.000 adolescentes cometendo suicídio anualmente.
Nesta revisão sistemática e meta-análise, os autores investigaram a associação entre transtornos do sono e comportamentos suicidas em adolescentes sem transtornos psiquiátricos diagnosticados.
Foram selecionados 19 estudos de 9 países, abrangendo 628.525 adolescentes com transtornos do sono e 567.746 controles. A análise mostrou que adolescentes com transtornos do sono têm maior propensão a tentar suicídio (OR 3,10; IC 95%: 2,43-3,95) e a experimentar ideação suicida (OR 2,28; IC 95%: 1,76-2,94) em comparação aos controles.
Os autores concluíram que os transtornos do sono são um importante fator de risco para ideação suicida e tentativas de suicídio em adolescentes saudáveis. Esses achados destacam a importância da identificação precoce de transtornos do sono para prevenir comportamentos suicidas nessa população.
Referência: Baldini V et al. Association between sleep disturbances and suicidal behavior in adolescents: a systematic review and meta-analysis. Frontiers Psychiatry. 2024; DOI: 10.3389/fpsyt.2024.1341686.
A insônia crônica é caracterizada por hiperexcitação sustentada e aumento da atividade somática, cognitiva e cortical. Os autores investigaram o impacto da insônia crônica nos domínios da função cognitiva, especialmente na atenção, memória de trabalho e função executiva, em adultos.
Uma coorte de 80 participantes, incluindo 40 com insônia crônica e 40 controles, participou deste estudo transversal. O diagnóstico seguiu critérios descritos na International Classification of Sleep Disorders-3. Avaliações neuropsicológicas, incluindo os testes Digit Span, Stroop e Trail Making, examinaram a atenção, memória de trabalho e função executiva. Também foram aplicados o Insomnia Severity Index (ISI), Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Generalized Anxiety Disorder-7 (GAD-7) e Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9).
A análise revelou déficits em todos os testes nos indivíduos com insônia crônica em comparação aos controles. Apesar dos níveis similares de ansiedade e sintomas depressivos, o grupo de insônia crônica apresentou pontuações mais altas nos escores de ISI e PSQI, indicando a gravidade dos distúrbios do sono.
Os autores concluíram que déficits cognitivos estão associados à insônia crônica, afetando atenção, memória de trabalho e função executiva, destacando a importância de avaliações cognitivas em casos de insônia crônica.
Referência: Himani M et al. Cognitive functioning in adults with chronic insomnia disorder- A cross-sectional study. Indian Journal of Psychiatry. 2024; DOI: 10.4103/indianjpsychiatry.indianjpsychiatry_25_24.
Um novo estudo, publicado na revista acadêmica BMC Medicine no último dia 2, mostra uma relação entre demência e uso prolongado de remédios para dormir.
Os pesquisadores da Universidade Erasmus, da Holanda, realizaram um estudo com mais de cinco mil pessoas para avaliar o risco de demência causada pelo uso de BZDs.
De acordo com o estudo, quase metade dos participantes tomaram remédios BZDs durante os 15 anos anteriores. 46,8% tomavam o remédio para ansiedade e 33,5% usavam os BZDs para dormir. O estudo descobriu que 726 pessoas, ou 13%, desenvolveram demência após 11 anos de uso de remédios para dormir. Além disso, imagens por ressonância magnética funcional mostraram que o uso contínuo de BZDs está associado a volumes cerebrais menores no hipocampo, nas amídalas e no tálamo.
No entanto, os pesquisadores ressaltam que o estudo concluiu que o uso geral de remédios para dormir não tinham associação com o aumento no risco de demência. Embora o estudo mostre que mais de 1 entre 10 pessoas desenvolveram demência, os pesquisadores não conseguiram determinar os remédios para dormir como a causa principal.
Portanto, em vez de causa, o estudo apresenta uma associação entre demência e o uso prolongado de remédios para dormir.Diante disso, o conjunto de estudos SURMOUNT-OSA avaliou o uso de tirzepatida em adultos com obesidade e apneia obstrutiva do sono, de moderada a grave. Para isso, foram realizadas duas análises: uma com pacientes que não faziam terapia com pressão positiva nas vias áreas (CPAP), tratamento convencional para apneia do sono, e outra com pacientes que já usavam e planejavam continuar com a CPAP durante o estudo.
No total, os dois estudos contaram com 469 participantes de diversos países, incluindo o Brasil. De forma aleatória, uma parte dos pacientes recebeu a dose máxima tolerada de tirzepatida (10 mg ou 15 mg), enquanto a outra parte recebeu placebo. O estudo durou 52 semanas.
Segundo a pesquisa, os pacientes que utilizaram tirzepatida no tratamento da apneia obstrutiva do sono obtiveram uma redução de até 62,8% no Índice de Apneia-Hipopneia (que representa o número de eventos respiratórios por hora e determina a gravidade da doença), em comparação com os que utilizaram placebo. Isso é equivalente a cerca de 30 eventos a menos que restringem ou bloqueiam o fluxo aéreo de uma pessoa por hora de sono. Além disso, entre os participantes que não faziam terapia com CPAP, 43% que usaram tirzepatida na dose mais alta preencheram os critérios de “remissão” da doença. Já entre aqueles que faziam terapia com CPAP, a taxa foi ainda maior: 51,5%. Isso significa que eles apresentaram menos de cinco eventos de apneia por hora de sono. Além disso, esses participantes também obtiveram um escore abaixo de 10 na Escala de Sonolência Epworth (ESE), questionário padrão desenvolvido para avaliar a sonolência diurna.
Um megaestudo revisou as pesquisas feitas nos últimos 50 anos e mostrou evidências sólidas de que dormir mal influencia o funcionamento emocional, trazendo consequências para a saúde mental a longo prazo. A pesquisa, feita por cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de sono foi associada a menos emoções positivas, como alegria e contentamento, e aumento dos sintomas de ansiedade. Além disso, o trabalho mostra que esses efeitos negativos ocorrem mesmo quando a pessoa tem pequenas reduções no período de descanso, como deitar uma ou duas horas além do usual.